Governadores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Rondônia e Maranhão se reúnem nesta sexta-feira (4), em Campo Grande, durante o Fórum Brasil Central. Além dos representantes de cada estado, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, também participaram do encontro.
Entre os assuntos discutidos durante a reunião estão a proposta de criação de um mercado comum prevê a unificação das alíquotas fiscais entre os estados integrantes do Consórcio Brasil Central e a criação de um mercado comum prevê também a formação de um bloco com produtos complementares para alavancar as exportações.
“A gente precisa ter essa pauta positiva para crescimento dos estados”, defendeu o governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja no primeiro dia de trabalhos do Fórum Brasil Central que contou om a presença de governadores, do Ministro das Cidades Bruno Araújo e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Paulo Rabello de Castro.
Para Reinaldo Azambuja, as discussões são importantes para os estados encontrarem soluções conjuntas de crescimento e enfrentarem a queda na receita decorrente da crise econômica.“Que o País possa prosseguir com a retomada do crescimento, dos investimentos e da geração de emprego”, afirmou o governador do Mato Grosso do Sul.
Governadores do Consórcio Brasil Central também cobram do Governo Federal a presença maciça das Forças Armadas e de tropas federais nas fronteiras do País. Nesta sexta-feira (4.8), o assunto foi discutido por integrantes do bloco em Campo Grande. Para os governadores, a medida é fundamental no combate ao crime organizado, que atinge os grandes centros do Brasil como São Paulo e Rio de Janeiro.
“Queremos fortalecer com a União aquilo que falei com o presidente Michel Temer na última segunda-feira (31 de julho): queremos uma unidade entre o Governo Federal e os estados na fronteira do Brasil para trabalharmos juntos, policiais estaduais e federais, para diminuirmos a entrada de armas e drogas no Brasil”, destacou Reinaldo Azambuja.
Presidente do Consórcio Brasil Central, o governador Marconi Perillo (Goiás) revelou que defende a presença federal nas fronteiras há pelo menos quatro anos. “Eu apoio integralmente essa iniciativa do governador Reinaldo Azambuja. Os estados não podem continuar arcando sozinhos com a responsabilidade das fronteiras que são nosso maior problema de segurança”, afirmou.
Para ele, grande parte dos crimes cometidos no Brasil está ligada às drogas e armas contrabandeadas. “Defendo que um terço do efetivo das Forças Armadas possam ser deslocados para as fronteiras, em água, ar e terra. As drogas e armas entram pelos países vizinhos e os governos estaduais não têm condições de controlar. Se nós conseguirmos fechar minimamente as fronteiras do Brasil nós vamos reduzir o fluxo de drogas e de armas fortemente aqui no País”, completou Perillo.
O governador de Rondônia, Confúcio Moura, lembrou que, recentemente, tropas federais foram enviadas ao Rio de Janeiro e que essa metodologia de trabalho deve ser replicada nos estados fronteiriços do Brasil. “Forças Armadas, PRF, PF e polícias estaduais, juntas, trabalhando não de uma maneira aleatória, mas sim inteligente e integrada. Assim tem que ser o trabalho nosso”, reiterou. Para ele, a união de esforços em torno dessa temática é uma das grandes pautas do Consórcio Brasil Central.
“Sabemos que o cuidado das fronteiras é de competência da União Federal, o tráfico de drogas internacional é de competência da União Federal, a entrada de armas no Brasil é da União Federal. O que nós estamos buscando é a unidade na ação das nossas agências de segurança”, lembrou o governador de Mato Grosso, Pedro Taques. Ele e Reinaldo Azambuja ainda pontuaram que as forças policiais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás já trabalham com troca de informações dos sistemas de inteligência, e que a meta é integrar todos os estados membros do consórcio Brasil Central.
Esta foi é a quarta edição do Fórum de Governadores do Brasil Central neste ano. O objetivo dos estados é discutir soluções em conjunto para reduzir custos na solução de problemas e aumentar a competitividade regional.
A próxima edição do Fórum Brasil Central será em outubro e, segundo divulgado pelo governo de Mato Grosso do SUl, deverá ter a definição do percentual das alíquotas e o calendário de implantação do mercado comum, além de dar continuidade às discussões para consolidar a plataforma conjunta para compra de medicamentos e a criação de roteiros turísticos no Brasil Central.