Conselheiros conhecem propostas de ampliação dos projetos do BrC

Durante reunião em Brasília, líderes apresentaram planos para o desenvolvimento da região nas cinco áreas estratégicas do bloco  

A carteira de projetos do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC) vai aumentar e mais áreas serão contempladas. Essa é uma das confirmações feitas na última reunião do Conselho de Administração. O encontro ocorreu na última quinta-feira (9), em Brasília, e foi presidido pelo Secretário Executivo do Consórcio, Leonardo Jayme de Arimatéa.

Participaram da reunião os conselheiros Guilherme Müller, Secretário de Planejamento de Mato Grosso , Renato Ribeiro,  Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal, Joaquim Mesquita, Secretário de Gestão e Planejamento de Goiás, Pedro Pimentel, Secretário de Planejamento e Gestão de Rondônia, Antônio Nunes, Secretário de Estado de Governo do Maranhão, e o Conselheiro  Suplente Jader Afonso, Secretário Adjunto da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul.

Líderes do escritório de projetos apresentaram propostas de ações para projetos dentro das áreas de negócio do BrC. Foto: Kelsiane Nunes/ Ascom BrC

Novas perspectivas de ações

Durante a reunião, os líderes do escritório de projetos apresentaram propostas de ações dentro dos cinco eixos estratégicos do Consórcio: Gestão Pública, Infraestrutura e Logística, Ambiente de Negócios, Articulação Institucional e Desenvolvimento Econômico.

Na área de Gestão Pública, foi apresentado a estratégia de implementação do Aliança Municipal pela Competitividade, projeto que visa aumentar a qualidade da saúde, educação e segurança pública por meio de ações coordenadas entre estados e municípios.

Na área de Infraestrutura e logística, a ideia é estruturar a viabilidade econômica e ambiental dos eixos do Arco Norte para aumentar a capacidade de escoação da produção. Além disso, pretende-se aumentar a eficiência criando centros de integração logística. Após o desenvolvimento dos eixos do Arco Norte, pretende-se desenvolver rotas para o pacífico, garantindo mais opções de escoamento de produtos produzidos pelo bloco.

No campo da Articulação Institucional, fortalecer a exportação e aumentar a visibilidade dos entes do Consórcio no Mercado Internacional serão os primeiros objetivos a serem alcançados. Para isso, os projetos propostos buscam incrementar a competitividade internacional dos estados, estimular a diversificação da pauta exportadora e promover missões comerciais internacionais visando a atração de investimentos estrangeiros, parcerias, cooperações técnicas e articulação internacional.

No eixo Desenvolvimento Econômico, o foco neste momento está na produção agrícola. Por isso, será desenvolvido um programa de fomento ao desenvolvimento rural em que serão trabalhados projetos de cooperação zoofitossanitária e certificação de qualidade e de origem, criação do Modelo de Assistência Técnica e Extensão Rural e criação do Modelo Referencial de Regularização Fundiária do Consórcio Brasil Central.

Já no campo do Ambiente de Negócios, a pretensão é desenvolver centros de Ciência e Tecnologia e Parques Tecnológicos em cada ente consorciado. O objetivo é dar suporte ao desenvolvimento do mercado da região, estimulando o empreendedorismo nesta área e buscando um possível incremento de receitas dos estados-membros por meio dos parques tecnológicos.

Conselheiros debatem sobre a criação de comissão estadual para acompanhamento e execução dos projetos do BrC. Foto: Kelsiane Nunes/ Ascom BrC

Execução depende de engajamento

Durante a reunião, os conselheiros apontaram que a articulação dos entes consorciados tem que extrapolar o território das secretarias de planejamento e governo e atingir agendas de outras secretarias. Para o conselheiro Guilherme Müller, com a entrada dos líderes e as demandas de projetos que eles apresentaram é necessário ter um especialista do estado envolvido para acompanhar o desenvolvimento de cada área. “Agora, a proposta dos comitês estaduais ganha uma proporção enorme. Se não houver um especialista de cada área (para acompanhar), os projetos não andam,” argumenta.

Para o conselheiro Joaquim Mesquita, à medida que os projetos e programas do Brasil Central avançam, há necessidade do envolvimento de mais agentes dos estados para atender as necessidades.  Ele afirmou que no início das atividades do Consórcio os conselheiros conseguiam administrar as demandas, porém, no atual cenário, é latente a necessidade do envolvimento de mais atores.

A constatação dos conselheiros reafirma a ideia da secretaria executiva do Consórcio de estruturar em cada unidade federativa uma Comissão Permanente de Gerenciamento Estratégico de Projetos relacionados ao BrC. A proposta foi apresentada aos Conselheiros que se comprometeram em deliberar com os respectivos governadores. A ideia é envolver servidores de várias secretarias.