Consórcio Brasil Central promoveu debate entre estados para enfrentamento às arboviroses

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central realizou, no dia 30 de junho, evento híbrido denominado BrC no Combate às Arboviroses, com a presença de coordenadores de políticas públicas de saúde, especialistas em doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya. No encontro, representantes do Distrito Federal e dos outros entes que compõem o Consórcio discutiram metodologias e ferramentas para o combate e enfrentamento das arboviroses.

Atualmente presidido pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o BrC reúne além do DF, os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. O secretário executivo do Consórcio Brasil Central, José Eduardo Pereira Filho, ressaltou a importância de se promover debates que possam reunir políticas públicas em prol da população.

“Com o aumento exponencial dos casos de dengue, zika e chikungunya em 2022, achamos por bem discutir boas práticas exercidas nos estados, para ampliar para toda a federação”, disse José Eduardo.

Segundo o coordenador geral de vigilância de arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, é preciso ter uma atuação conjunta para o enfrentamento às arboviroses com envolvimento de outras áreas além da saúde, como limpeza urbana e segurança pública.

“O combate às arboviroses precisa ser trabalhado com toda a sociedade. Não só com os profissionais de saúde. O principal papel do Ministério da Saúde, em relação às arboviroses, é fazer a orientação técnica, junto aos estados e municípios, para que sejam geradas políticas públicas aplicáveis em todo o Brasil”, afirmou Cássio Peterka.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, apresentou o monitoramento realizado pelo DF no controle do vetor das doenças.

“Para o combate aos novos criadouros e a mitigação da população de mosquitos é preciso considerar o conjunto variável de elementos biológicos, etiológicos e comportamentais”, disse Valero

Valero afirma não existir uma receita de bolo, afinal este é um trabalho de combate e controle de um ser vivo, com alta adaptabilidade.

Em 2022, a região Centro-Oeste passou a ter a maior incidência nos casos de dengue no Brasil. “Em Goiás, tivemos um aumento de 200% em relação aos casos de dengue e mais de 400% em relação à Chikungunya”, afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim. Para ela, as ações precisam ser definidas e viabilizadas antes do próximo período chuvoso na região.

“Precisamos chegar em outubro com o menor número de criadouros possível, controlando o vetor do arbovírus, para termos uma situação melhor no próximo verão”, pontuou Flúvia Amorim.

Confira o evento na íntegra:

Galeria:

BrC no combate às Arboviroses