Governadores definem pela criação do Mercado Comum do Brasil Central

O Fórum de Governadores do Brasil Central encerrou a reunião de Porto Velho, na última sexta-feira (07), com a determinação de providências para a viabilização do Mercado Comum do Brasil Central, com a definição alíquotas únicas, entre tantos outros benefícios que podem gerar empregos e receitas para todos os Estados integrantes do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC).

O governador de Goiás, Marconi Perillo, que preside o consórcio, lembrou ainda que as Assembleias legislativas terão o papel de tonar possível o intercâmbio nas relações de comércio para facilitar a operacionalidade das transações. Além disso, os governadores decidiram adotar uma estratégia unificada de exportações, levando em consideração o peso que Brasil Central exerce na balança comercial brasileira.

Participam do bloco, além de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Tocantins e Rondônia. No evento, a atuação e liderança de Marconi Perillo à frente das questões de interesse de todo o grupo foi elogiada pelos colegas governadores.  “Marconi tem mostrado dinamismo e o compromisso com o Brasil Central, o que já trouxe avanços para nossa região”, afirmou o governador do Tocantins, Marcelo Miranda.

Na reunião, Marconi foi indicado novamente para ser o presidente do BrC, mas a eleição irá ocorrer oficialmente somente no próximo encontro do grupo, previsto para ocorrer em Brasília no início de dezembro.

Perillo agradeceu o reconhecimento de seu trabalho e destacou os avanços já conquistados por meio do consórcio. “Avançamos em projetos estratégicos para nossa região e ainda vamos avançar em temas como a viabilização do mercado comum do Brasil Central, que trará ganhos para cada um dos Estados”, avaliou, lembrando ainda que o governo de Michel Temer já deu demonstrações de que dialoga com todos os setores. “Temos sido muito bem acolhidos nos pleitos que apresentamos”, afirmou.

Em Porto Velho, os governadores assinaram ainda carta ao presidente Michel Temer apoiando irrestritamente o Projeto de Repatriação do Exterior, um dos projetos prioritários do governo Temer para fechar as contas de 2016 dentro da meta, está em discussão na Câmara dos Deputados e deve ser votado na próxima semana. A vontade dos governadores é que o projeto seja aprovado na íntegra e sem qualquer alteração que o desfigure ou diminua o impacto esperado para União, Estados e municípios.

Entre mais entusiasmados com as inovações conquistadas pelo consórcio, o governador Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, parabenizou a iniciativa da Câmara de Administração do Consórcio, que propôs a contratação de uma consultoria para identificar os produtos regionais que podem ser comercializados internamente e fazer bem à receita dos governos.

O governador do Mato Grosso, Pedro Taques, acredita que o Brasil Central tem muito a ensinar ao restante do país. “Aí fora, uma crise geral. E aqui estamos pensando fora da caixinha. Se nós ficarmos na mesmice não chegaremos a lugar algum. E o Brasil Central tem dado esse exemplo. Esse consórcio é a esperança para nosso país”, afirmou.

Para o governador de Rondônia, Confúcio Moura, o consórcio se justifica pelo bom relacionamento entre governadores parceiros. Ele elogiou ainda a oportunidade da troca de experiência entre os Estados. O governador do Mato Grosso Sul, Reinaldo Azambuja, por exemplo, contou no encontro que foi até Goiás para conhecer o modelo de gestão de unidades de saúde por Organizações Sociais (OSs). O modelo goiano serviu de inspiração para o que foi aplicado naquele Estado.

Para o secretário-executivo do consórcio, Thiago Camargo, a ideia é que o consórcio funcione como uma espécie de “hub”, que no mundo dos negócios funciona como um espaço de “coworking”, ou trabalho colaborativo, em que pessoas das mais diversas áreas trocam experiências, lançam projetos e geram negócios, mas também se inspiram e aprendem uns com os outros.